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PARALISIA FACIAL

  A paralisia facial periférica (PFP) ocorre quando há interrupção da condução nervosa do nervo facial, consequência de diferentes fatores etiológicos, tais como traumáticos (pode acometer os indivíduos através de objetos cortantes ou perfurantes, projéteis de arma de fogo, acidentes automobilísticos e outros), infecciosos (causadas pela meningite,otites, herpes zoster e outras), neoplásicos, disfunções metabólicas (Diabetes Mellitus, hipotireoidismo, gravidez), idiopáticos e outros.


  Essa doença causa a paralisia de um conjunto de músculos, os quais são  responsáveis pela mímica facial, podendo acarretar grandes deformidades fisionômicas que levam a incapacidades físicas, psicológicas e sociais. A pálpebra inferior fica caída, ocorre inchaço facial, dificuldade de fechar completamente os olhos, mas, claramente, os sintomas variam de acordo com a localização e a gravidade da lesão do nervo facial.

  A paralisia facial periférica pode causar também outros sintomas, como: os sulcos da testa ficam menos pronunciados do lado paralisado, o globo ocular se levanta ao tentar fechar a pálpebra (sinal de Bell), os cílios do lado afetado ficam mais evidentes do que o lado sadio quando os olhos tentam se fechar, a fenda da pálpebra aumenta, há uma ausência do sulco nasomentoniano e queda da comissura labial.


  A boca e a língua são desviadas para o lado sadio, quase impossibilitando de conter líquidos, assobiar, soprar ou sorrir. Distúrbios da gustação, salivação, lacrimejamento, entre outros, podem estar associados.

 O tratamento da paralisia facial periférica deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, fisioterapeutas, psicólogos e outros.
 

 Os recursos e técnicas fisioterapêuticas exercem um papel fundamental na recuperação ou minimização destas complicações.

O objetivo principal da fisioterapia é restabelecer o trofismo, a força e a função muscular através de recursos como:

1- Cinesioterapia: são exercícios de mímica facial e retreinamento facial. Paciente utiliza um espelho para ter uma melhor conscientização visual e permite a correção dos erros e uma maior eficácia do controle voluntário da musculatura facial.

2- Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP): visa promover e acelerar as respostas neuromusculares através da estimulação proprioceptiva. Os movimentos devem ser realizados bilateralmente devido à simetria facial e por meio de reflexos de estiramento.

3- Eletroterapia: nesta modalidade de tratamento, deve-se levar em consideração a escolha de uma corrente adequada, o tempo de pulso e intensidade da corrente de acordo com a sensibilidade do paciente. Além disso, deve ser realizado eletrodiagnóstico prévio para diminuir os possíveis efeitos colaterais como a contratura muscular.

4- Termoterapia: o calor é utilizado com o objetivo de promover o relaxamento da musculatura na fase de hipertonia da paralisia facial, pois promove aumento da circulação sanguínea no local, maior extensibilidade dos tecidos moles e diminui a resistência dérmica, pode ser aplicada superficialmente através de compressas quentes, infravermelho ou por calor profundo através de ondas curtas, ultrassom .

5- Crioterapia: provoca uma vasoconstrição reflexa, causando relaxamento e analgesia. Deve ser aplicada de forma rápida e breve sobre o dermátomo do músculo a ser trabalhado para facilitar a atividade muscular.  Esta técnica tem também como objetivo estimular os pontos motores, obtendo contração muscular na fase flácida da paralisia.

6- Massoterapia: tem como objetivo diminuir o edema e melhorar o tônus da musculatura e aumentar a circulação sanguínea.

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